Veganismo No Brasil

Veganismo No Brasil

Transparency Market Research revela que a preocupação cada vez maior com as mudanças climáticas, a crueldade animal e a saúde devem acelerar a demanda. A tendência é que o queijo vegano continue em alta, com projeção de crescimento de 10% ao ano, até 2027. Com base nessa análise, a consultoria calcula que o mercado de queijo vegano deve movimentar aproximadamente US$ 7 bilhões até o final de 2030. Por exemplo, na Europa, 14% de todos os novos produtos lançados em 2015 são vegetarianos ou veganos. De 2013 a 2015, o lançamento de novos produtos veganos cresceu 150% no continente. 90% dos brasileiros buscam uma alimentação mais saudável e nutritiva nos produtos vegetais.

Em 2019, o mesmo relatório reafirma a tendência e traz a inovadora “carne de laboratório” para o cenário. Estas são as três razões principais para reduzir ou abandonar o consumo de produtos de origem animal. O crescimento do mercado de produtos veganos no Brasil tem sido da ordem de 40% ao ano, apesar da crise.

Segundo a USDA, em 2014 o número de animais abatidos pela indústria americana diminuiu em expressivos números de 400 milhões na comparação de 2007. Há alguns anos, a negociação para uma alimentação mais baseada em verduras, legumes e frutas era difícil entre nutricionistas e pacientes. De acordo com dados da Inteligência em Pesquisa e Consultoria , em todas as regiões brasileiras – e independentemente da faixa etária -, 46% dos brasileiros já deixam de comer carne, por vontade própria, pelo menos uma vez na semana. Pessoas estão repensando e mudando os seus hábitos de consumo em todo o mundo – e o veganismo vem como uma das principais alternativas e filosofias que dão sustentação a esse movimento. Por mais que muitos ainda não estejam preparados para fazer a transição na dieta, eliminando o consumo de alimentos de origem animal, a maioria está disposta a diminuir o consumo de produtos que envolvam em sua produção algum sofrimento animal. Um novo estudo, produzido pela Veganuary em conjunto com a Mintel Consulting, revelou que, no Brasil, a oferta total de produtos veganos cresceu 2% nos últimos quatro anos.

Ela explica que, no vegetarianismo, as pessoas tendem a criar uma conexão diferente com a alimentação. “Acho que esse cuidado deveria ser o mesmo para qualquer escolha alimentar. Deveríamos olhar para o que comemos e saber escolher as melhores opções, variar alimentação, explorar combinações e transformar o alimento em cuidado pessoal”, diz. Além disso, as frutas e as hortaliças usadas nos preparos vêm direto dos pequenos produtores locais e orgânicos da região”, complementa Misael.

quanto o veganismo cresceu?

Mercado Vegano: As Mudanças E Impactos De Um Consumo Consciente, Ético E Justo

Com consumidores mais preocupados com o meio ambiente e contra o sofrimento animal, cresce a quantidade de companhias “cruelty free”, por exemplo. Ela nota um número crescente, também, de restaurantes especializados em Santos, ou que possuem opções em seus cardápios, mas diz que muitos ainda escova de bambu se apegam ao preparo apenas de soja, e esquecem de explorar melhor os outros ingredientes. “É preciso entender sua escolha, se informar, aprender a substituir e a se alimentar de forma variada e adequada”, destaca a jornalista Mariana Camargo, de 34 anos, que é vegetariana há nove anos.

A estatística representa um crescimento de 75% em relação a 2012, quando a mesma pesquisa indicou que a proporção da população brasileira nas regiões metropolitanas que se declarava vegetariana era de 8%. Em 2018, isto representava quase 30 milhões de brasileiros que se declaravam adeptos a esta opção alimentar – um número maior do que as populações de toda a Austrália e Nova Zelândia juntas. Nos EUA, os investidores privados estão investindo milhões em startups de alimentação vegana, A empresa global de pesquisa de mercado “Mintel” recentemente descobriu que 36% dos americanos compram alternativas à carne, a exemplo do abacate. Uma pesquisa feita pelo site Chef’s Pencil, baseada em dados do Google Adwords, mostrou que o número de buscas relacionadas ao veganismo aumentou 47% em 2020 em comparação com o ano anterior. Outra pesquisa desenvolvida por uma empresa britânica chamada Thorful já havia revelado que as buscas globais por comida vegana aumentaram 2000% desde 2015. A Bem te Vivo, empresa mineira que trabalha com confeitaria vegana, nasceu a partir da necessidade de atender um público que se preocupa com o bem-estar dos animais e a preservação do meio ambiente.

Veganismo E Vegetarianismo: Entre Proximidades E Diferenças

Com o tempo, a gente foi expandindo o cardápio e incluímos pães de fermentação natural e alguns doces. Hoje funcionamos como uma pequena padaria sem nada de origem animal”, destaca Julyana. Gabriel ressalta que a dieta ainda é repleta de mitos e recomenda atenção a quem decidir segui-la. Porém, essa, se realizada da forma correta e com as substituições ideais, com certeza é mais benéfica”, diz. O nutricionista também considera que todas as pessoas deveriam tentar seguir o estilo de vida vegano. É uma atitude de autoconhecimento e consciência que nos permite saber o que comemos e como isso afeta o organismo”, completa.

Adeptos Do Veganismo Não Consomem Nenhum Produto Que Tenha Origem Ou Que Foi Testado Em Animais

Um ótimo exemplo é a marca de chocolates veganos SuperVegan, que estima crescimento de 10x na produção até 2022. Sendo assim, consumidores e investidores mandam sinais claros de preferência ao mercado. O Brasil, por sua vez, acompanha a mesma tendência e tem se mostrado cada vez mais robusto.

O mercado voltado especificamente para esse público também vem sendo mais explorado. Vanda Almeida é de São Paulo e criou o “marmitinhas da vandinha” em 2018, com marmitas autorais, com diferentes sabores. “Os cardápios que a gente faz são semanais e respeitam a sazonalidade dos produtos.

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